sexta-feira, 12 de março de 2010

O SONO E OS SONHOS


Cap.VIII- Livro dos Espíritos

Questão:

401. Durante o sono, a alma repousa como o corpo?


- Não, o espírito jamais está inativo. Durante o sono, afrouxam-se os laços que o prendem ao corpo e, não precisando este então da sua presença, ele se lança pelo espaço e entra em relação mais direta com os outros espíritos.


402. Como podemos julgar da liberdade do espírito durante o sono?


- Pelos sonhos. Quando o corpo repousa, acredita-o, tem o espírito mais faculdades do que no estado de vigília(acordado). Lembra-se do passado e algumas vezes prevê o futuro.

Adquire maior potencialidade e pode pôr-se em comunicação com os demais espíritos. Quer deste mundo, quer do outro.

Ex: dizes frequentemente: Tive um sonho extravagante, um sonho horrivel, mas absolutamente estranho ou bom sonho.


* O sono liberta a alma parcialmente do corpo. Quando dorme, o homem se acha por algum tempo no estado em que fica permanentemente depois que morre.


* O sonho é a lembrança do que o Espírito viu durante o sono.

Notai, porém, que nem sempre sonhais. O que quer isso dizer? Que nem sempre vos lembrais do que vistes, ou de tudo o que haveis visto, enquanto dormíeis. E muitas das vezes, fica a lembrança da pertubação que o vosso espírito experimenta.

E como é pesada e grosseira a matéria que compõe, o corpo dificilmente conserva as impressões que o espírito recebeu, porque a este não chegaram por intermédio dos órgãos corporais.


Assim, os sonhos são efeitos da emancipação da alma, que mais independente se torna pela suspensão da vida ativa e de relação. Daí uma espécie de clarividência indefinida que se alonga até aos mais afastados lugares e até mesmos aos outros mundos


407. É necessário o sono completo para emancipação do espírito?


Não; basta que os sentidos entrem em torpor para que o espírito recobre a sua liberdade. Para emancipar, ele se aproveita de todos os instantes de tregua que o corpo lhe concede.

Desde haja prostação das forças vitais, o espírito se despreende, tornando-se tanto mais livre, quanto mais fraco for o corpo.